top of page

Por moradia, centenas de famílias marcham em Bauru

“Não temos tempo para ter medo”, diz faixa do movimento que resiste à reintegração da Ocupação Morada da Lua




Cerca de 500 famílias que vivem na Ocupação Morada da Lua, localizada na zona leste de Bauru, marcharam pelas principais avenidas da cidade na manhã desta terça-feira, 11. Os manifestantes se reuniram no Sambódromo e percorreram o centro da cidade, concluindo o trajeto na Prefeitura onde permaneceram por toda a manhã.


A manifestação ocorreu após as famílias serem notificadas de uma reintegração com prazo até o dia 23 de abril para desocupação espontânea. Segundo o Movimento Social de Luta dos Trabalhadores (MSLT), entidade que organiza a Ocupação, os terremos têm posse controvérsia. “Boa parte das áreas seria de propriedade da União, que não atua nos processos. Os que "se dizem donos" não conseguem provar com documentos”, declara.


A coordenação da Ocupação denunciou que as ações de despejo estão sendo concedidas por liminares, onde a matricula de um único registro de propriedade estaria sendo usada para o despejo em todas as áreas. “Alguns requisitos mínimos que deveriam ser cumpridos pelo judiciário não estão sendo observados, como por exemplo a visita no local para verificar a condições das moradoras e moradores dos acampamentos”, aponta.


Famílias exigem solução do poder público O ato desta terça-feira denunciou as arbitrariedades sobre as liminares de reintegração e exigiu que o prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSD) resolva a questão da posse da área junto à união. Durante as intervenções no caminhão de som, as lideranças anunciaram que as famílias decidiram resistir à reintegração de posse e pediram o apoio dos movimentos sociais e sindical. A CUT participou da Marcha e declarou total apoio às reivindicações das famílias.


O Prefeito Gazzetta se comprometeu em realizar uma reunião no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), nesta terça-feira, acompanhado das lideranças do MSLT. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Movimento anunciou que “o Incra confirmou a disponibilidade de uma área para 2.500 lotes em Bauru, mas esta quantidade é insuficiente para todas as famílias moradoras de ocupações urbanas da cidade.


Apelo Em sua página oficial no facebook, o MSLT fez um apelo para o poder público e sociedade. “As terras onde o Morada da Lua está localizado estavam abandonadas há anos. As famílias encontraram o lugar tomado pelo mato e pelo lixo e o transformaram em uma comunidade familiar. As crianças e jovens frequentam as escolas do bairro, as gestantes recebem acompanhamento nos postos de saúde, os laços sociais já existem e acabar com isso em prol da ganância dos grandes empresários da cidade é um crime contra os direitos humanos!


bottom of page